quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Você vai conhecer o homem dos seus sonhos



Segundo Shakespeare “a vida é uma história, contada por um idiota, cheia de som e fúria, que não significa nada”. É com essa idéia, totalmente confortadora, que Woody Allen inicia seu filme. A história gira em torno, basicamente, de quatro pessoas: Helena, a mãe, divorciada e solitária que procura nas revelações de uma vidente algo que a conforte. Sally, a filha, que sonha em ter filhos, mas os problemas financeiros e as dificuldades do marido, Roy, um escritor de um único sucesso, frustrado e derrotado ainda não permitiram. E por último, Alfie, o marido de Helena, que percebendo a finitude da própria vida, procura desesperadamente por algo que o torne ... isso mesmo, reticências. Ele procura. Ele se divorciou, ele praticou exercícios, ele fez bronzeamento artificial, ele se mudou, ele até casou com uma mulher linda e mais jovem, para? É isso que o nosso velho e querido Woody propõem. Qual o sentido das coisas que nos acontecem, das escolhas que tomamos e dos nossos sonhos que não se realizam? Nenhum.
Helena, Sally, Roy e Alfie são apenas pessoas, pessoas comuns, dessas que você encontra pela rua e as vezes até na frente do espelho, que esperam apenas que a vida lhes diga que o caminho que estão seguindo é o certo, que determinado acontecimento é a sua chance, que tudo vai ficar bem e que o futuro, sim, o futuro será bom. São pessoas que esperam por uma resposta que lhes diga que não estão completamente perdidas num mundo que gira 365 vezes em torno de si mesmo até que ele comece a dar voltas de novo.

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